(Re)Aprender a Ler (Hipertextualmente)
Como se lê um texto que não se apresenta da forma convencional, em linha? Como “domesticar” os nossos sentidos quando a todos eles chegam estímulos (sonoros, visuais...), muitas vezes tão confusos e originais que não sabemos como os ordenar e interpretar? Haverá fórmulas específicas que nos permitam aprender a lê-los? Será necessário (re)criar leitores para ser possível descodificar as novas vanguardas ao nível da criação artística e escrita?
Os ensinamentos das escolas da “velha guarda” – the old school – estão, gradualmente, a ser desafiadas pelos avanços da era Digital, obrigando-nos, de alguma forma, a repensar as técnicas de leitura, os recursos de linguagem, as velhas certezas.
Será necessário alterar os currículos, reiniciar as técnicas de aprendizagem para estas novas formas de obras hipermédia, como se voltássemos aos primeiros anos de escolaridade, aprendendo a juntar as letras para formar palavras e conjuntos de significados? Perturbará isto as regras convencionais das próprias línguas, como ao nível dos planos da Fonologia, Fonética e Semântica?
São questões legítimas mas sem resposta definida.
As novas formas de arte são o meio de renovar os velhos cânones e evitar que esta estagne. Aliando a originalidade à tecnologia, os autores arrastam consigo novos e férteis períodos para a história da escrita e da tipografia, nomeadamente.
O hipertexto é o conceito- chave (com pouco mais de 50 anos) que, com o seu carácter não- linear; reversível; complexo; labiríntico; abundante e progressista, desafia as referências globais que tínhamos da leitura e da escrita, desafiando o leitor a ser autor, a ser moldável, interagindo fisicamente com a obra – muitas vezes através de um “clicar” na opção que o texto digital lhe propõe.
Quando nos deparamos com a obra Seedsigns ou com Message Clear, percebemos que somos meros peões numa grande teia de entendimento e que, para decifrarmos as obras, necessitamos de as analisar em vários planos complementares, de várias perspectivas, com particular atenção e afastando muitos dos antigos processos de leitura que conhecemos...
Não pressupondo que, forçosamente, para um autor hipertextual – ou, segundo muitos, cyborg – seja necessário um leitor com o mesmo estatuto, se é que existe(m), torna-se claro que a categoria de leitor terá de se adequar às novas realidades e exigências, se o objectivo é, de facto, ler, compreender e interpretar o texto.
Os ensinamentos das escolas da “velha guarda” – the old school – estão, gradualmente, a ser desafiadas pelos avanços da era Digital, obrigando-nos, de alguma forma, a repensar as técnicas de leitura, os recursos de linguagem, as velhas certezas.
Será necessário alterar os currículos, reiniciar as técnicas de aprendizagem para estas novas formas de obras hipermédia, como se voltássemos aos primeiros anos de escolaridade, aprendendo a juntar as letras para formar palavras e conjuntos de significados? Perturbará isto as regras convencionais das próprias línguas, como ao nível dos planos da Fonologia, Fonética e Semântica?
São questões legítimas mas sem resposta definida.
As novas formas de arte são o meio de renovar os velhos cânones e evitar que esta estagne. Aliando a originalidade à tecnologia, os autores arrastam consigo novos e férteis períodos para a história da escrita e da tipografia, nomeadamente.
O hipertexto é o conceito- chave (com pouco mais de 50 anos) que, com o seu carácter não- linear; reversível; complexo; labiríntico; abundante e progressista, desafia as referências globais que tínhamos da leitura e da escrita, desafiando o leitor a ser autor, a ser moldável, interagindo fisicamente com a obra – muitas vezes através de um “clicar” na opção que o texto digital lhe propõe.
Quando nos deparamos com a obra Seedsigns ou com Message Clear, percebemos que somos meros peões numa grande teia de entendimento e que, para decifrarmos as obras, necessitamos de as analisar em vários planos complementares, de várias perspectivas, com particular atenção e afastando muitos dos antigos processos de leitura que conhecemos...
Não pressupondo que, forçosamente, para um autor hipertextual – ou, segundo muitos, cyborg – seja necessário um leitor com o mesmo estatuto, se é que existe(m), torna-se claro que a categoria de leitor terá de se adequar às novas realidades e exigências, se o objectivo é, de facto, ler, compreender e interpretar o texto.