O que se esconde atrás de um poema?
Quando lemos um poema, sentimo-nos tranquilos e sossegados. Com uma certa sensação prazenteira, até. Isto acontece porque damos conta de que existe alguém, em qualquer parte do mundo, que noutra altura, foi sujeito de umas determinadas experiências, sentimentos ou pensamentos pelos quais nós também passamos. Para além disso, esse alguém foi capaz de transcrever essa série de elementos imateriais. Tornou-os visíveis e reproduzíveis através da escrita. O escritor esteve à procura da inspiração, começou várias vezes o mesmo poema, demorou horas em conseguir a rima perfeita… É por isso que admiramos a obra do escritor. E é por essa mesma razão que nos sentimos desiludidos e traídos quando descobrimos que, aquele poema que tanto nos emocionou, foi “escrito” por uma máquina, por um programa informático. Foi criado de maneira artificial, quase sem esforço.
Ora bem, se não reparamos em que um poema foi “escrito” por uma máquina e se a máquina consegue transcrever, do mesmo modo que o poeta faz, certos sentimentos; porque é que rejeitamos esses poemas? Porque é que preferimos os “poemas de artesanato”?
Devemos diferenciar os conceitos de “escrita” e “autoria”. Devemos saber se o que procuramos é uma boa obra ou conhecer que atrás da obra existe uma pessoa, uma personagem.
Mesmo assim e na minha modesta opinião, prefiro saber que existe “alguém” (e não “algo”) atrás do poema que li.
Ora bem, se não reparamos em que um poema foi “escrito” por uma máquina e se a máquina consegue transcrever, do mesmo modo que o poeta faz, certos sentimentos; porque é que rejeitamos esses poemas? Porque é que preferimos os “poemas de artesanato”?
Devemos diferenciar os conceitos de “escrita” e “autoria”. Devemos saber se o que procuramos é uma boa obra ou conhecer que atrás da obra existe uma pessoa, uma personagem.
Mesmo assim e na minha modesta opinião, prefiro saber que existe “alguém” (e não “algo”) atrás do poema que li.