A Narrativa Mística do Tempo
O conto que preencheu as duas últimas aulas é da autoria do escritor argentino Jorge Luis Borges e surge em 1941, inserido no movimento da literatura modernista...
A obra centra-se na personagem Yu Tsun, um professor de inglês, e situa-se aquando da I Guerra Mundial. O protagonista virá a encontrar o Dr. Stephen Albert, que ficara encarregue de decifrar um enigma deixado por Ts’ui Pen, antepassado de Tsun e monge e sábio chinês, que um dia escrevera um livro intitulado de “o Jardim dos Caminhos que se Bifurcam”, à semelhança do próprio conto em análise.
Por detrás desta narrativa, emerge uma temática avassaladora mas mística, a do tempo, visto como um jogo de caminhos que se atraem e repelem mutuamente.
A existência é, pois, um labirinto, um trama ilimitado de possibilidades, de séries, de movimentos cíclicos, que capturam os seres na sua rede alucinante.
No nosso corpo e na própria natureza está reflectido este ciclo do universo temporal, através das manifestações e reacções físicas, como a fome, o sono, o envelhecimento, a morte... são os traços visíveis da evolução do tempo, uma entidade eminente e irremediável.
Este conto não remete apenas para o dramático destino de qualquer ser vivo ou morto que exista no cosmos, condenado ao desaparecimento, mas remete para temporalidades alternativas, para várias dimensões - o que contradiz a nossa vivência e o nosso conhecimento empírico da realidade -, alude para outras considerações senão as da matemática e da física (propostas por Newton e Schopenhauer, por exemplo), capazes de apresentar teorias fabulosas de complexas formas de vida, paralelas, simultâneas, onde tudo é possível, como baralhar ordens lógicas de passado, presente e futuro. Para o autor, sublinhando as ideias d Ts’ui Pen, o tempo não é absoluto, definitivo, e o labirinto pode ser algo capaz de conceber múltiplas significações na escrita e na realidade universal das coisas.
A obra centra-se na personagem Yu Tsun, um professor de inglês, e situa-se aquando da I Guerra Mundial. O protagonista virá a encontrar o Dr. Stephen Albert, que ficara encarregue de decifrar um enigma deixado por Ts’ui Pen, antepassado de Tsun e monge e sábio chinês, que um dia escrevera um livro intitulado de “o Jardim dos Caminhos que se Bifurcam”, à semelhança do próprio conto em análise.
Por detrás desta narrativa, emerge uma temática avassaladora mas mística, a do tempo, visto como um jogo de caminhos que se atraem e repelem mutuamente.
A existência é, pois, um labirinto, um trama ilimitado de possibilidades, de séries, de movimentos cíclicos, que capturam os seres na sua rede alucinante.
No nosso corpo e na própria natureza está reflectido este ciclo do universo temporal, através das manifestações e reacções físicas, como a fome, o sono, o envelhecimento, a morte... são os traços visíveis da evolução do tempo, uma entidade eminente e irremediável.
Este conto não remete apenas para o dramático destino de qualquer ser vivo ou morto que exista no cosmos, condenado ao desaparecimento, mas remete para temporalidades alternativas, para várias dimensões - o que contradiz a nossa vivência e o nosso conhecimento empírico da realidade -, alude para outras considerações senão as da matemática e da física (propostas por Newton e Schopenhauer, por exemplo), capazes de apresentar teorias fabulosas de complexas formas de vida, paralelas, simultâneas, onde tudo é possível, como baralhar ordens lógicas de passado, presente e futuro. Para o autor, sublinhando as ideias d Ts’ui Pen, o tempo não é absoluto, definitivo, e o labirinto pode ser algo capaz de conceber múltiplas significações na escrita e na realidade universal das coisas.