S.O.S. de Augusto de Campos
Um poema bastante particular, de leitura não muito fácil e de significado discutível.
É acompanhado de som (como se fossem ondas de rádio a tentar transmitir para mais além...), as cores (preto e amarelo) suscitam uma dimensão cósmica, uma referência ao corpo celeste.
Iniciado com um fundo negro (talvez relacionado com o céu nocturno) que se vai, gradualmente, enchendo de significância. Letras soltas vão aparecendo, e a pouco e pouco vamos percebendo a materialidede dos signos. O “eu” em várias línguas (universalidade da mensagem) mostra a consciência individual, que num outro momento passa a colectiva (“que faremos nós sem sol, sem mãe, sem pai...sos”). Uma introspecção que recai sobre a dependência que temos do meio em que vivemos e das pessoas com quem nos relacionamos.
Como que uma projecção futura - a espécie humana condenada ao desaparecimento.