What If The Word Will Not Be Still
É isto que o autor, Stuart Moulthrop na obra Hegirascope, pretende mostrar ao leitor: e se a palavra não estivesse sossegada ou quieta?
O problema desta obra hipermedia é a pré-temporização de cada lexia. O leitor depara-se com alguns avisos iniciais, os quais são de leitura obrigatória. Trata-se de uma espécie de introdução ou talvez até uma preparação para a leitura da narrativa que se segue. Por fim, o leitor é questionado “Where have you been in the Net today?” Após esta pergunta, o leitor entra numa “zona” diferente. Aqui são repetidas algumas das frases iniciais, mas a temporização é diferente e existem quatro ligações a rodear o texto. Aqui o leitor pode optar por seguir o caminho que quiser. Ao escolher uma dessas quatro ligações entra num outro espaço, em que o tempo e a cor de fundo se modificam. Continuam a aparecer quatro ligações, obviamente diferentes das que se encontravam na lexia anterior. Essas ligações são intituladas com expressões presentes no texto que rodeiam. Em algumas lexias o tempo para a sua leitura é mínimo o que consequentemente prejudica a interpretação.
As narrativas expostas desta forma são difíceis de apreender devido ao número elevado de ligações. A possibilidade de fazer sentido é muito relativa, pois depende das ligações que cada leitor faz.
Trata-se de uma obra semi-determinada, o autor determinou previamente alguns aspectos, como o tempo de cada lexia e as várias ligações disponíveis em cada uma delas; mas o leitor é quem, dependendo das opções dadas pelo autor, escolhe a sequência da narrativa.