Literatura Digital e Hipertextual
A Literatura Digital viu-se em grande desenvolvimento a partir dos finais do séc. XX e inícios do séc. XXI, devido à forte digitalização do mundo em que vivemos, onde os suportes digitais suplantaram os suportes tradicionais, onde a tecnologia pauta o ritmo das nossas vidas e o desenvolvimento da sociedade.
Apenas tive conhecimento deste tipo de arte ao frequentar a cadeira de Literatura e Media na Era Digital, deparando-me com formas de escrever e de apresentar a escrita completamente diferentes das experiências que tinha tido até então. Foi um tipo de literatura que me fascinou imediatamente pela interactividade que desenvolve com o leitor e pelo exercício do nosso intelectual, apelando bastante ao nosso sentido cognitivo.
"Mar de Sophia", "My Body, a wonderkammer", "Deseo, Desejo, Desire", "Enigma n" e "Strings" foram, certamente, os anipoemas que mais me agarraram a este conceito de arte, obrigando-me a pensar, a reflectir. São exemplos de uma literatura digital que apesar de sublime, se consegue desvendar o seu segredo, a sua mensagem. Apesar de a mensagem subliminar estar quase sempre presente neste tipo de Literatura, o que mais me interessou foi, sem dúvida, a ligação que os artistas digitais conseguem criar com o leitor, tornando-o interveniente na sua obra. Creio que se trata de uma vertente da Literatura que se poderá desenvolver e expandir. Contudo, será difícil a sua aceitação e suplantação à Literatura convencional. A sociedade moderna, infelizmente, tende para um consumo rápido, de fácil compreensão e comercial, uma "fast-art", cultura criada para as massas e a pensar nas massas...
Apesar de ter gostado de algumas obras digitais, penso que muitas delas são demasiado eruditas e intelectuais, tornando-se tremendamente confusas, emaranhadas em pensamentos "pseudo-artísticos", onde por vezes a arte nem é evidenciada e sim, a digitalização e as hiperligações... Muitos artistas digitais transformam as suas obras em algo tão complexo, que acabam por retirar todo o interesse que a sua criação poderia ter. A evidenciada necessidade de alguns desses autores de se mostrarem complexos e complicados intelectuais desfaz as suas obras e torna-as numa arte demasiado digital, demasiado codificada, demasiado escondida...
Um tipo de Literatura que poderá continuar a ser deixada a um canto, se muitos dos seus artistas persistirem num elitismo desnecessário e sem cabimento...
Apenas tive conhecimento deste tipo de arte ao frequentar a cadeira de Literatura e Media na Era Digital, deparando-me com formas de escrever e de apresentar a escrita completamente diferentes das experiências que tinha tido até então. Foi um tipo de literatura que me fascinou imediatamente pela interactividade que desenvolve com o leitor e pelo exercício do nosso intelectual, apelando bastante ao nosso sentido cognitivo.
"Mar de Sophia", "My Body, a wonderkammer", "Deseo, Desejo, Desire", "Enigma n" e "Strings" foram, certamente, os anipoemas que mais me agarraram a este conceito de arte, obrigando-me a pensar, a reflectir. São exemplos de uma literatura digital que apesar de sublime, se consegue desvendar o seu segredo, a sua mensagem. Apesar de a mensagem subliminar estar quase sempre presente neste tipo de Literatura, o que mais me interessou foi, sem dúvida, a ligação que os artistas digitais conseguem criar com o leitor, tornando-o interveniente na sua obra. Creio que se trata de uma vertente da Literatura que se poderá desenvolver e expandir. Contudo, será difícil a sua aceitação e suplantação à Literatura convencional. A sociedade moderna, infelizmente, tende para um consumo rápido, de fácil compreensão e comercial, uma "fast-art", cultura criada para as massas e a pensar nas massas...
Apesar de ter gostado de algumas obras digitais, penso que muitas delas são demasiado eruditas e intelectuais, tornando-se tremendamente confusas, emaranhadas em pensamentos "pseudo-artísticos", onde por vezes a arte nem é evidenciada e sim, a digitalização e as hiperligações... Muitos artistas digitais transformam as suas obras em algo tão complexo, que acabam por retirar todo o interesse que a sua criação poderia ter. A evidenciada necessidade de alguns desses autores de se mostrarem complexos e complicados intelectuais desfaz as suas obras e torna-as numa arte demasiado digital, demasiado codificada, demasiado escondida...
Um tipo de Literatura que poderá continuar a ser deixada a um canto, se muitos dos seus artistas persistirem num elitismo desnecessário e sem cabimento...