O Edifício de Melo e Castro (PO.EX)
Edifício é um anipoema interessante criado por Melo e Castro e digitalizado por Rui Torres. O autor assume que o edifício é a união entre o cimento e o ferro.
No decorrer do anipoema o cimento e o ferro parecem fundir-se, enquanto saboreiam uma cúmplice dança. Essa dança é a fusão dos dois, o seu "casamento". Podem ser movidos para os lados, arrastados para a frente ou para trás, contudo continuam unidos pelo voto que fizeram, como se fosse impossível separar os dois daquela dança. Essa dança que Melo e Castro constrói é o Edifício, que surge da união do cimento e do ferro, é esse o fruto da sua relação dançante, um edifício, em que a compleição e união entre o cimento e o ferro é perfeita, impossível de se desintegrar.
É a visão de poeta (única, mágica), que transforma a ligação tão especial, tão avassaladora que nos passa ao lado. Mostra que nem tudo o que é óbvio não possa ter a sua magia, a sua beleza... Este casamento entre o cimento e o ferro, a sua forte ligação, é o eixo do edifício, a sua força. Um edifício não é só cimento ou ferro, é a simbólica e bela união entre os dois... Uma ligação tão forte, tão coesa, tão eterna...