“My Body - A WunderKammer” de Shelley Jackson
Ao contrário do que se passa com os livros, que apresentam uma sequência narrativa lógica e ordenada, a hiperficção assenta na estrutura labiríntica, dando assim ao leitor a possibilidade de criar o seu próprio percurso de leitura.
“My Body – A WunderKammer” assenta então nessa estrutura labiríntica. O leitor é confrontado com o desenho de um corpo feminino e, a partir daí, pode aceder a um conjunto de textos que estão ligados a cada parte do corpo. No entanto, ainda dentro desses textos, o leitor encontra hiperligações que o podem levar para outras partes do corpo, ou seja, para outras narrativas.
Podemos encarar esta obra como autobiográfica, pois a autora associa cada parte do seu corpo a um episódio da sua infância; cada parte representa para ela uma sensação, e é essa sensação que está associada à sua vida. Pois foi com as diferentes sensações que cada parte do corpo lhe proporcionou, que ela tomou consciência do seu corpo, não só como um todo, mas também cada parte por si só; pois cada parte significa uma sensação diferente, que resulta aqui como uma recordação. Há então a descrição de uma parte do corpo associada a uma sensação, que ela remete para lembranças.
O corpo surge-nos fragmentado, dividido, e á medida que o leitor vai clicando nas suas diferentes partes, é como se acedesse a diferentes episódios da vida da autora. No entanto não podemos definir um espaço temporal, pois não sabemos exactamente que momentos da sua infância ela dá a conhecer, toda a obra se pode resumir a um único dia, a um mês, ou até a um ano.
Penso que a obra não está assim representada por mero acaso, com esta estrutura a autora mostra-nos que o próprio corpo pode funcionar como um livro, onde o leitor pode escolher a parte que quer desvendar primeiro, é ele que traça o rumo da narrativa. Esta forma de narrativa permite ainda intensificar o conceito de fragmentação que está subjacente a toda a obra, pois cada parte existe em separado. Apesar de todas as partes poderem estar interligadas, nomeadamente através das hiperligações, podem também existir separadamente, o leitor tanto pode optar por ler todas as narrativas, como pode ler apenas algumas.
“My Body – A WunderKammer” assenta então nessa estrutura labiríntica. O leitor é confrontado com o desenho de um corpo feminino e, a partir daí, pode aceder a um conjunto de textos que estão ligados a cada parte do corpo. No entanto, ainda dentro desses textos, o leitor encontra hiperligações que o podem levar para outras partes do corpo, ou seja, para outras narrativas.
Podemos encarar esta obra como autobiográfica, pois a autora associa cada parte do seu corpo a um episódio da sua infância; cada parte representa para ela uma sensação, e é essa sensação que está associada à sua vida. Pois foi com as diferentes sensações que cada parte do corpo lhe proporcionou, que ela tomou consciência do seu corpo, não só como um todo, mas também cada parte por si só; pois cada parte significa uma sensação diferente, que resulta aqui como uma recordação. Há então a descrição de uma parte do corpo associada a uma sensação, que ela remete para lembranças.
O corpo surge-nos fragmentado, dividido, e á medida que o leitor vai clicando nas suas diferentes partes, é como se acedesse a diferentes episódios da vida da autora. No entanto não podemos definir um espaço temporal, pois não sabemos exactamente que momentos da sua infância ela dá a conhecer, toda a obra se pode resumir a um único dia, a um mês, ou até a um ano.
Penso que a obra não está assim representada por mero acaso, com esta estrutura a autora mostra-nos que o próprio corpo pode funcionar como um livro, onde o leitor pode escolher a parte que quer desvendar primeiro, é ele que traça o rumo da narrativa. Esta forma de narrativa permite ainda intensificar o conceito de fragmentação que está subjacente a toda a obra, pois cada parte existe em separado. Apesar de todas as partes poderem estar interligadas, nomeadamente através das hiperligações, podem também existir separadamente, o leitor tanto pode optar por ler todas as narrativas, como pode ler apenas algumas.