Conceito de remediação: a Bíblia de Gutenberg
A Bíblia de Gutenberg foi a primeira obra impressa. Marcou o início de uma nova era e de novos hábitos literários. No entanto, com tudo o que trouxe de novo, não foi completamente inovadora.
Nas páginas da Bíblia de Gutenberg estão presentes características das obras manuscritas dos monges copistas: letras com cores diferentes do restante texto, que funcionam como marcas de orientação para o leitor; ilustrações desenhadas à mão; o tipo de letra baseia-se nas características de uma escrita manual, de uma caligrafia cuidada.
Observa-se, portanto, a transposição de características presentes num meio de comunicação anterior (livro manuscrito) para um meio que surge posteriormente (códice/ livro impresso). Reside nesta troca o conceito de remediação, ou seja, a adopção por parte de um determinado media de características de outro(s) media.
Ao longo dos séculos, a tipografia desenvolveu-se e, eventualmente, os manuscritos tornaram-se obsoletos. Surgiram novos media, como os jornais, o rádio, a televisão, a web. Todos eles foram influenciados e influenciaram, com maior ou menor relevo, os restantes media.
A remediação funciona, assim, em mais do que um sentido. Tanto podem ser os novos media que adquirem características de media pré-existentes, como o oposto. Por exemplo, actualmente os programas televisivos incluem características que associamos às páginas web: no telejornal – rodapés com títulos das notícias que serão apresentadas posteriormente na emissão, indicação da página web do canal que emite o noticiário durante a emissão (link). O oposto também é verdadeiro, dado que as páginas web incluem conteúdos audiovisuais emitidos pela televisão.
Há uma certa fusão de características, que contribuem para alguma homogeneização dos meios de comunicação. A remediação é tão abrangente que parece difícil distanciar os vários media, à medida que estes evoluem e se reinventam. Contudo, é uma das características de evolução dos meios de comunicação e é também algo que permite a familiarização do público aos novos media. Permite que as pessoas sintam que é possível utilizar/ compreender a novidade dos meios de comunicação. Permite que os meios de comunicação se desenvolvam a partir de um conceito mais comum e, posteriormente, construam a sua própria identidade.
Nas páginas da Bíblia de Gutenberg estão presentes características das obras manuscritas dos monges copistas: letras com cores diferentes do restante texto, que funcionam como marcas de orientação para o leitor; ilustrações desenhadas à mão; o tipo de letra baseia-se nas características de uma escrita manual, de uma caligrafia cuidada.
Observa-se, portanto, a transposição de características presentes num meio de comunicação anterior (livro manuscrito) para um meio que surge posteriormente (códice/ livro impresso). Reside nesta troca o conceito de remediação, ou seja, a adopção por parte de um determinado media de características de outro(s) media.
Ao longo dos séculos, a tipografia desenvolveu-se e, eventualmente, os manuscritos tornaram-se obsoletos. Surgiram novos media, como os jornais, o rádio, a televisão, a web. Todos eles foram influenciados e influenciaram, com maior ou menor relevo, os restantes media.
A remediação funciona, assim, em mais do que um sentido. Tanto podem ser os novos media que adquirem características de media pré-existentes, como o oposto. Por exemplo, actualmente os programas televisivos incluem características que associamos às páginas web: no telejornal – rodapés com títulos das notícias que serão apresentadas posteriormente na emissão, indicação da página web do canal que emite o noticiário durante a emissão (link). O oposto também é verdadeiro, dado que as páginas web incluem conteúdos audiovisuais emitidos pela televisão.
Há uma certa fusão de características, que contribuem para alguma homogeneização dos meios de comunicação. A remediação é tão abrangente que parece difícil distanciar os vários media, à medida que estes evoluem e se reinventam. Contudo, é uma das características de evolução dos meios de comunicação e é também algo que permite a familiarização do público aos novos media. Permite que as pessoas sintam que é possível utilizar/ compreender a novidade dos meios de comunicação. Permite que os meios de comunicação se desenvolvam a partir de um conceito mais comum e, posteriormente, construam a sua própria identidade.