segunda-feira, outubro 06, 2008

"Amor"- Clarice Lispector

Confesso que, a primeira vez que li o romance, não entendi a mensagem que nele estava contida.
Para mim, antes de o ter analisado , era apenas mais um dos livros que li.
Contudo, há nele uma grande história que nos conduz a uma série de pequenas reflexões sobre uma série de coisas que diariamente nos passam ao lado.
A rotina diária, da qual somos escravos, faz com que não tenhamos tempo para pensar no verdadeiro sentido da vida, verificando -se um cada vez mais crescente conformismo.
A personagem retratada no conto, ao deparar -se com um cego a mastigar pastilha, entra como que num processo de introspecção,podemos até dizer "nausea existencial".
O fugir à rotina, aquela visita ao jardim, foi como que um sopro de vida para ela, pois por momentos não teve que dar explicações da sua vida a ninguém.
Finalizando, penso que o ser humano deveria dedicar mais algum tempo a si próprio, pois como popularmente se diz:"Se tu não gostares de ti, quem gostará?".