Augusto de Campos - Tensão (1956)
Tensão com ou sem som? Neste poema de Augusto de Campos podemos admirar a forma como é usada a poesia concreta, em que a linguagem é transformada e demonstrada na sua concretude de som/fonema. Numa primeira leitura, é fácil o despiste e a não captação da significação/intenção do próprio autor, e isto acontece pelo modo como nos é apresentada a estrutura do poema que tem sem dúvida muitas formas de ser lido e interpretado. Anexado ao poema escrito, temos a possibilidade do acesso ao poema recitado para poderemos de facto ter uma compreensão um pouco melhor e até mesmo apercebermo-nos do grau de complexidade que poderá alcançar todo este conjunto de palavras dispostas de um modo baralhado.