Amor Cego
"Não é o amor que se representa como sendo cego; é o amor próprio."
Voltaire
O Amor de Clarisse é também o Amor de Ana ou a falta dele...
Ana fecha os olhos a um mundo que já conheceu, que experimentou, quente e sensorial. No entanto,esse mundo, com o envelhecimento a que se voluntarizou é excluido da redoma em que sistematizou a sua existência! A rotina para Ana não é apenas um facto quotidiano mas sim a essência de uma barreira que lhe arrefece e mantém estanque a vida.
Ana é cega para a vida! E se se a cegueira não é mais do que a ausência de visão podemos pensar que só alguém que se identificasse e compreendesse a situação de Ana poderia funcionar como catalisador para a emancipação sensorial que nela se realizou!
Ana vê o Cego como se de um espelho se tratasse...
Será Ana o Cego?