quarta-feira, abril 26, 2006

Levemente Inseridos

Fomos de viagem ao Porto e de repente, Levemente, foi-nos apresentado um novo caminho...

A exposição com que Melo e Castro nos presenteia é tudo menos estaticismo, imobilismo. Um universo de sensações adormecidas por dias de tédio e rotina, ganha consciência e passa a controlar-nos com uma influência mental considerável. A cor, o som, a luz, e a ausência delas, transportam-nos para uma dimensão estético-sensorial pré-concebida que pela sua interactividade, morrerá sem a colaboração do leitor/espectador/ouvinte ( nós!!!) por falta de vida.

De poemas fixos a salas interactivas que dependem da nossa colaboração passando por maravilhos e fixados Infopoemas, Melo e Castro providencia-nos com as ferramentas necessárias para a construção de um novo Universo... No entanto, sejamos Deuses ou semi-Deuses, é o bater do nosso coração que o anima, lhe dá vida. É nas nossas veias que corre o sangue da inerpretação poética... Mais do que nunca, o trabalho de criação/interpretação poética, confunde-se e complementa-se. Autor e actor são mais do que nunca cúmplices neste suave crime da génese literária.