quarta-feira, maio 31, 2006

Carta de Condução

Atingir a simplicidade por vezes é dificil mas proponho-me hoje a tentar...
Numa obra de literatura clássica, "normal", um caminho pré-definido é apresentado, aceite e percorrido. Não interessa quantas voltas e reviravoltas ele dá porque serão sempre as mesmas cada vez que se repetir. Está fixo, imutável.
O que a hiperficção genericamente e a obra literária "Hegirascope" em particular difere é na escolha permitida ao leitor. O leitor pode e deve decidir por entre vários percursos possíveis, fazendo virar, inverter a marcha, aumentar a velocidade, parar, o que quiser. O leitor está em controle do "veículo" literário que comprou e pode percorrer livremente as estradas que lhe são propostas. Finalmente a repetição da leitura permite abordar novo caminhos que não os previamente escolhidos.
O leitor torna-se condutor.